Alunas promovem evento sobre desafios na carreira para mulheres

O 5ª Encontro de Mulheres Matemáticas do IMPA (EMMI) foi realizado nesta segunda-feira (19) no IMPA, marcando o Dia Internacional da Mulher na Matemática, celebrado em 12 de maio. O evento debate desafios para as mulheres na academia e a desigualdade de gênero em carreiras da área de exatas.
O EMMI é uma iniciativa das alunas do IMPA e tem como comitê organizador as alunas de doutorado Luana Costa e Ana Cristina Barreto; de mestrado Maria Eduarda Fernandes; de graduação do IMPA Tech Bianca Zavadisk e Maria Fernandes da Cunha, além de Cynthia Bortolott que está fazendo pós-doutorado no instituto.
Na abertura do evento, Luana Costa refletiu sobre a desigualdade de gênero que ainda atinge a pesquisa científica no Brasil e na matemática. A doutoranda destacou iniciativas recentes do IMPA, como o projeto Meninas Olímpicas do IMPA (MOI), que participou do 5º EMMI, e as cotas femininas implementadas no IMPA Tech.
“Temos como objetivo celebrar e fortalecer a presença das mulheres na Matemática. É importante falar da visibilidade de diferentes grupos sociais, como mulheres, em espaços de poder, produção de conhecimento e tomada de decisão. Na matemática, o que isso significa? Termos mulheres publicando, ensinando, pesquisando, para servir de referência para a gente, de inspiração. É essencial ver mulheres sendo citadas, homenageadas, premiadas, e ter referências femininas nos livros, eventos e lideranças”, contou Luana.
A programação contou com quatro palestras, que abordaram temas variados como saúde mental, contribuições femininas para a matemática, práticas pedagógicas, gênero e diversidade. Na parte da manhã, a médica psiquiatra Ana Luísa Barquette discutiu o tema “Como cuidar da saúde mental durante a pós-graduação”, e a professora Manuela Souza falou sobre “A primavera das Mulheres Matemáticas”. No período da tarde, as palestras foram: “Práticas Pedagógicas na educação básica: narrativas de uma professora trans no ensino da matemática”, de Erickah Alcântara, e “Entre subvariedades, gênero e diversidade”, com Sylvia Ferreira.
Participantes do Meninas Olímpicas do IMPA (MOI) destacaram a importância da iniciativa em duas trajetórias acadêmicas. Emanuela Carneiro, graduanda da UFRJ, teve contato com o projeto em 2022 e passou a participar ativamente. Se não tivesse vivenciado o MOI, talvez não estaria explorando a minha capacidade”, afirmou. Desenvolvido pelo IMPA, o projeto visa encorajar alunas da educação básica para as ciências exatas.
Outro destaque foi também a mesa redonda sobre as etapas da trajetória acadêmica, que busca inspirar jovens estudantes a persistirem em seus caminhos, contribuindo para a redução da evasão feminina na Matemática e incentivando uma maior diversidade na área.
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