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Suely Lima defende tese de doutorado sobre memória do IMPA

A Coordenadora de Eventos e Atividades Científicos do IMPA, Suely Lima, defendeu nesta segunda-feira (12) a tese de doutorado “IMPA 70 anos: passado, presente e futuro” na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro. O projeto resgata a história do instituto, marcos e contribuições para o avanço da pesquisa em matemática no Brasil, além da relevância do IMPA para a ciência nacional. 

“Defendi a tese ontem, e, mesmo tendo o Jacob (Palis) falecido, eu resolvi defender, porque ele estava comigo ontem, eu tenho certeza disso. Nunca falei tão calma na minha vida. Foi um  sonho realizado. Gostei muito de fazer esse projeto e dedico essa conquista a todos os pesquisadores e funcionários IMPA, nós somos uma engrenagem”, contou Suely, que foi casada com Palis, pesquisador emérito e ex-diretor-geral do IMPA. 

A tese de doutorado amplia e aprofunda o trabalho contemplado na exposição “IMPA 70 anos”, idealizada em razão do aniversário de sete décadas do instituto, em 2022. De curadoria de Suely Lima, a mostra — exposta de forma permanente no 2º andar do instituto — resgata a memória institucional do IMPA e sua participação ativa na pesquisa científica nacional. Depois de quatro anos de trabalho, uma versão mais completa do acervo foi concluída em formato de catálogo digital. 

“Valiosa contribuição por si só, este catálogo da exposição ‘IMPA 70 anos’ é, também, parte de um projeto ainda mais ambicioso para resgatar a memória do desenvolvimento do IMPA e torná-la acessível a todos, que se substancia na tese de doutorado que a Suely vem realizando. Não é demais destacar quão perfeitamente posicionada a Suely se encontra para a realização de tal projeto, já que, na qualidade de coordenadora de atividades científicas do IMPA, ela foi, durante mais de quatro décadas, não apenas testemunha como, em alguns casos, também ator de importantes episódios da história do Instituto”, registrou Marcelo Viana, diretor-geral do IMPA, na apresentação na tese. 

Entre os marcos históricos destacados no projeto, no intervalo de 1952 a 2022, estão eventos, conquistas, prêmios, conferências e iniciativas que compõem a história da instituição. A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP); o IMPA Tech; o Programa de verão do IMPA; o PAPMEM; o Prolímpico; o Profmat; a UMALCA; o Festival Nacional da Matemática e o ICM 2018 são alguns dos temas abordados. 

A tese de doutorado não é o primeiro trabalho acadêmico que Suely realiza com foco na memória do IMPA. Ingressante da primeira turma de mestrado profissional da FGV, entre 2007 e 2009, a coordenadora elaborou uma proposta de desenvolvimento de um centro de memória para o instituto, pensando aspectos como identidade e visibilidade da história do IMPA. 

No doutorado, esse resgate “se apresenta como uma forma organizada de congregar as memórias do IMPA, fortalecendo com isso a identidade da instituição e representando, com o resgate da memória impaniana, um importante marco de valorização da história do progresso da matemática no país”, escreveu Suely na apresentação da tese.

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